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O que ele odiava o dia dos namorados! Quando chegava a esta altura, acabava tudo com a namorada só para não ter de cumprir a tradição, deixando claro que no dia 15 esperava começar tudo de novo. A namorada — sempre a mesma — lá se habituou, até porque gostava de ser pedida em namoro, sem falha, todos os dias 15 de Fevereiro. Ao fim de dez anos, era já uma tradição.
Quando chegou a casa viu que faltavam as últimas vinte páginas ao livro que comprara. Mas a história era tão boa que não teve paciência para esperar que a livraria abrisse. Escreveu ele próprio o final. Depois, embebedou-se, leu-o de uma assentada e conseguiu ficar admirado com a reviravolta no final.
O primeiro-ministro de Israel discursava ferozmente na ONU quando a namorada do intérprete apareceu na cabine vestida só com uma gabardine. Os palestinos espantaram-se quando ouviram nos auriculares uma outra linguagem, bem mais universal. Entre arfares e interjeições de amor, não conseguiram parar de rir. Fez-se ali mesmo a paz no Médio Oriente. O intérprete nem notou. Tinha coisas mais importantes entre mãos.
Chegamos às nossas conclusões e depois martelamos o mundo até ele caber na nossa cabeça. Pelo caminho, somos cruéis juízes disfarçados de amigos.
No meio do Parlamento, perante uma votação especialmente difícil, um dos deputados perguntou se podia usar uma das ajudas. Começou por telefonar para casa; como não obteve ajuda, pediu a ajuda do público. Por fim, pediu a ajuda 50/50 e a resposta "Não" foi eliminada. Votou a favor e todos bateram palmas.
O jantar foi perfeito e estavam quase a tirar as cuecas quando ela descobriu que ele não achava o acordo ortográfico uma coisa tão grave assim. O pobre teve de sair com os sapatos na mão e a vontade no corpo. Há noites assim.
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