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Devemos ter especial cuidado e aplicar um cepticismo mais rigoroso nos seguintes casos:
a) Quando a história ou notícia parece confirmar aquilo que achamos ou os nossos preconceitos.
b) Quando a história ou notícia é extraordinária ou muito improvável à partida.
O que costumamos fazer é o contrário: quanto mais extraordinária for a história, mais fácil é acreditar nela. Quanto mais confirmar a nossa visão do mundo, mais fácil é acreditar nela.
Se fizermos o contrário, se desconfiarmos especialmente daquilo em que é fácil acreditar, acaberemos com uma visão mais próxima da realidade. E, mesmo assim, desconfiem sempre!
Um comentário de L Abrantes num post anterior (que muito honra o vosso humilde blogger livresco) espicaçou-me para fazer uma recomendação que já devia ter feito há mais tempo (apesar deste ser um blog muito novinho).
Recomendo, assim, um site muito bom e muito necessário — o COMCEPT.org.
A COMCEPT (Comunidade Céptica Portuguesa) é muito mais do que o site, mas o site por si já é uma preciosidade e um bom antídoto para tanta treta que por aí anda.
Já agora, vejam as recomendações de livros. Desde pipocas com telemóveis, Carl Sagan (sempre ele), questões de estatística, as ciências e farmacêuticas da treta, tudo livros mais do que recomendáveis — e que ajudam a limpar o cérebro da credulidade daninha que leva tanta gente a acreditar com fervor nos mais vagos disparates e a torcer o nariz à ciência (que é uma coisa aparentemente fria e distante, mas tão necessária).
São livros que não nos ensinam a ser cientistas, mas ajudam-nos a pensar de forma científica, o que é mais fácil e mais importante do que parece à primeira vista.
E são — imaginem só — divertidos e verdadeiramente interessantes.
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