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Pegar num livro e dizer o que nos vem à cabeça.

 

Algumas vezes (a maior parte das vezes?) nem sequer serão ideias que estão dentro do livro.

 

Serão as memórias que rodeiam aquele objecto particular, o local onde o comprámos, onde o andámos a ler — às vezes a lutar para conseguir avançar, outras vezes a passar páginas como se não houvesse amanhã. 

 

É esse o novo projecto deste blogue, que andou aos arranques mas espero que vos acompanhe agora de forma um pouco mais assídua.

 

Até já!

 

FOTO.jpg

 

Enfim, às vezes os deuses das pequenas coisas que temos de fazer e pensar e voltar a fazer e tornar a pensar obrigam-nos a parar um pouco com as coisas que até gostamos muito de fazer e, assim, este blog tem andado mais parado do que o habitual. Mas não há-de ficar parado muito tempo, espero. Continuem a passar por aqui, que sempre vai pingando alguma coisa sobre os livros e as outras manias todas que já conhecem.

publicado às 20:02

Bem, ao fim de dois meses, acho que tenho de descansar um pouco, para ver se recarrego energias bloguísticas — e leio um pouco mais...

 

Assim, ao longo deste fim-de-semana, fiquem com algumas recordações dum blog.

 

Eu sei: isto só tem uns meses — é quase tão ridículo como uma banda editar um best-of ao fim de dois álbuns.

 

Mas, enfim, é uma forma de deixar o blog acordado neste fim-de-semana de Carnaval.

publicado às 08:59

Chegámos aos 200 posts. Tenho de ver se abrando, que ainda ganho bloguite aguda.

 

Já agora, há um mês andávamos assim, a falar de relações carnais...

Um dos últimos "Inspira-me" do Sapo era este (digo era, porque como estou a programar este post com algum tempo de antecedência, não sei qual será o "inspira-me" no momento de leitura...):

 

 

 

Ora, esta é fácil.

 

Este blog...

Bem, a resolução de início de ano de manter um blog com pés e cabeça está-se a aguentar ao fim dum mês. Já não se perde tudo. Isto tem sido um carrossel, mas tem tem sido divertido e, estranhamente, útil (hei-de explicar como...).

 

Estes foram os cinco posts mais lidos este mês:

  1. ¶ Para começar o ano, vamos voltar 30 anos atrás - 305
  2. ¶ Quando a Amazon me enviou um livro que não encomendei... - 278
  3. ¶ O melhor livro de 2013 é uma Galdéria - 254
  4. ¶ Quem não tem Fnac, caça com Continente - 214
  5. ¶ A morte e o sexo [só para maiores de 18!] - 137

Obrigado a todos os bravos que por aqui têm caído. Espero que não se assustem muito e, de vez em quando, venham cá dar uma volta. Os nossos livros aqui estarão à vossa espera.

 

É sempre assim, começo cheio de força e depois vai-se desvanecendo. Mas este blogue parece-me merecer mais. Vamos continuar...

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publicado às 22:58

A coisa começou simples: um blog, uns textos para os amigos. De repente, os amigos começaram a partilhar os posts. Pouco depois, alguns dos posts eram comentados por pessoas que nunca tinha visto ou de quem nunca ouvira falar. As pessoas pareciam gostar. Continuar a postar, a comentar, a sentir-se bem com toda aquela atenção. 

 

Alguns meses depois, arranjou os primeiros ódios de estimação. Alguns amigos mais dados a estas coisas deram-lhe pancadinhas nas costas: passara a um nível superior da blogaria nacional. Nenhum blogger é blogger se não tiver ódios e se não tiver seguidores fiéis que o protegem dos ódios e desencam nesses outros que bem merecem.

 

Continuou a escrever. De repente, já só vivia para o blogue. Um incidente no trânsito? Uma queixa inflamada no blog e os amigos a partilharem, a dizerem "é isso mesmo!", a clicarem no gosto como se não houvesse amanhã.

 

Uma senhora mais antipática a atendê-lo ao pequeno-almoço? Blogue com ela, disfarçada só pela via das dúvidas.

 

Um problema burocrático sem aparente solução? Blog com ele!

 

Um fremitozinho de poder passava-lhe pelos dedos e gostava de escrever cada vez mais e dispor dos outros, sujeitos como estavam à sua opinião inflamada e, acima de tudo, lida e partilhada por tantos e tantos. Sem dúvida, era um blogger especial.

 

Até ao dia em que...

 

Em que o quê? 

 

Cansou-se? 

 

Não foi isso: até ao dia em que teve um acidente na estrada, o outro não se deu por culpado, e decidiu publicar tudo no blog e chamar nomes ao outro e explicar como o outro era uma besta que se atrevera a pôr-se à frente dum blogger de sucesso, com 5000 seguidores no Facebook, trinta comentadores residentes, vários ódios de estimação e um webdesigner a manter o blog. Onde é que já se viu? A verve era tremenda. O blogue tremia de desprezo e indignação pelo atrevimento desse fedenho mal amanhado que não era ninguém neste mundo. As claques gritavam como num estádio. O pobre diabo que se atreveu a fazer não se sabia bem o quê nesse acesso ao IC19 era o bobo da festa e não sabia. 

 

Até que soube, porque o sobrinho era leitor do blog e avisou o tio. Que escreveu uma carta simples, a pedir desculpa, e a solicitar em poucas palavras para que o blogger da moda acabasse com a campanha de ódio, que estava a incomodar a filha de dez anos.

 

O blogger sorriu, sobranceiro. 

 

Mas sentiu um frio, qualquer coisa estranha na espinha. Perdeu nesse dia o seu pequeno poder de blogger e foi de férias uns tempos. 

 

Quando voltou, tinha ainda os 5000 seguidores no Facebook, mas tudo aquilo era uma brincadeira distante, como um jogo muito intenso e viciante que nos envolve durante umas horas até se desligar o computador uns minutos — momento em que vemos o nosso reflexo pálido no ecrã do computador e percebemos que nada daquilo é real. 

 

O problema é o dia em que vemos também a imagem duma miúda de 10 anos a ler mensagens de ódio contra o pai que se tinha esquecido de fazer pisca.

 

Mas nada disto é real, pois não?

publicado às 00:52


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