Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Bem, estamos a meio de Janeiro e por isso está na altura de fazer um balanço do ano que está a passar.
O quê, acham a coisa despropositada? Pelo menos admitam que é mais original do que fazer balanços no final de Dezembro.
Seja como for, fiz uma resolução de ano novo: iria avançar com este blog por aí fora, e aqui estou. Antes que a coisa esmoreça, posso fazer já algum balanço, ou não?
O balanço será este. Fiquem com alguns destaques do que já se fez por estas bandas:
¶ O dia em que quase fiquei preso no Colombo e a Penguin veio em meu socorro
¶ Metafísica dos Pearl Jam — ou como andávamos todos loucos pelo Eddie Vedder
¶ "Francisco Solano López pôs o pénis dentro de Eliza Lynch num belo dia de Primavera..."
E pronto, fica feito este balanço. Para o ano há mais... ou já para a semana.
Bom 2014!
Sim, já passaram 30 anos desde o futuro sombrio de 1984... Ontem, na Fnac, comprei o livro, de novo. Sim, de novo, porque tinha uma edição em casa que nunca li por nenhuma razão em especial. Quando peguei nesta outra edição, ontem, apeteceu-me ler, de imediato, e disse adeus aos 8 euros que custou o livro. Algumas pessoas vão pôr as mãos na cabeça. Este gajo é doido! Comprou um livro que já tinha? Pois, meus amigos, isto dos livros é mesmo um vício, uma mania... Nem tudo o que está associado aos livros é muito saudável. A mim, dá-me para estas coisas: comprar um livro que já tinha. Bolas, espero que a minha mulher não leia isto. Se ler, há que dizer: só fiz isto uma ou duas vezes! Há coisas piores! É um livro!! E é um livro muito importante para a consciência da humanidade, blá blá blá. (Acho que não vai valer a pena, o disparate foi grande e mereço o raspanete... Os tempos não estão para deitar 8 euros para o lixo. Não que tenha sido deitar para o lixo, mas vocês percebem.)
Mas, sim, é um livro muito importante, que nos deu um novo vocabulário para lidar com uma certa forma de ditadura: Big Brother (sim, não foi a Teresa Guilherme que inventou tal coisa), newspeak, e já isto basta.
Tenho a dizer algumas coisas: não confio muito nas utilizações abusivas que se fazem do termo newspeak. É comum ler este termo usado como acusação contra quem não usa o mesmo vocabulário que nós. Mas, vamos lá ver, nem todo o vocabulário diferente por motivos ideológicos, profissionais ou de interesses pessoais pode ser considerado newspeak. E também desconfio que controlar o pensamento através da manipulação linguística é uma invenção literária magnífica, mas cuja utilização real quase sempre se vira contra o feiticeiro.
Outra nota ainda: a primeira frase soa um pouco mais estranha aos ouvidos ingleses do que aos ouvidos portugueses. Porquê? Bem, os nossos relógios também só têm 12 horas, mas estamos habituados a pensar no formato de 24 horas. Assim, dizer "13 badaladas" ou algo do género não é assim tão estranho.
E agora vou mas é ler o romance. Quer dizer, antes de isso ainda tenho de acabar o Wilt.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.