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Sim, ia eu no carro, a ler António Lobo Antunes, com o meu avô ao lado.
O meu avô é uma pessoa muito curiosa. Julgo mesmo que muita da minha curiosidade insaciável vem dele (não sei se somos montagens dos nossos avós, mas às vezes parece).
Ora, diga-se o que se disser de António Lobo Antunes, do que não podemos acusá-lo é de inventar títulos que não chamam a atenção.
Assim, logo que parei de ler por momentos, o meu avô pega no livro e abre numa página qualquer.
Deve ter encontrado algo assim:
Ora, para quem foi educado pelo sólido ensino primário do Estado Novo, isto só podia ser coisa esquisita
(que nem português parece!)
Mas o meu avô não disse nada, porque respeita os gostos dos netos, mesmo quando são gostos tão degenerados que confundem esta pasta estranha com literatura.
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