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Aquilo que a revolução nos trouxe de mais importante não foi o desenvolvimento, não foi sequer a possibilidade de escolher o governo que quisermos.
Foi, isso sim, a possibilidade de mandar o governo que escolhemos dar uma volta alguns anos depois. O 25 de Abril trouxe-nos a possibilidade de tentar e errar e tentar de novo. Sim: andamos com dificuldades em errar menos. Mas em breve podemos tentar de novo, e isso faz toda a diferença.
Agora, claro, a democracia não fica por aí: também temos de escolher melhor (temos tido problemas nisso), temos de participar mais (nas autarquias, nos partidos, nos movimentos e associações, nos debates) e exigir mais de cada um de nós e não tanto de entidades abstractas como o país, "eles", "esses gajos", etc.
Enfim, digamos o que dissermos, podemos falar e podemos escolher por causa daquilo que aconteceu há 40 anos.
E podemos ver todos os partidos a falar na assembleia, aqueles partidos que mal ou bem lá pusemos. Já não temos uma artificial União Nacional, a união dos calados e dos serenos.
Que sejamos livres, mal ou bem. Já sabemos que não é fácil. Mas isto, a liberdade, desculpem lá, mas ninguém nos vai tirar.
Viva o 25 de Abril!