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Se as estantes nos revelam ou nos deixam a alma um bocado nua, como disse num post desta manhã, o que farão as margens escritas dos livros?
Como acho que já vos contei há alguns dias, sou muito avesso a escrever nas margens.
Mas, por vezes, lá deixo a mania de lado e desato a rabiscar. É libertador.
Uma vez, caí no erro de emprestar um livro com essas marginalia muito minhas, cheio de exclamações, de dúvidas, de indecisões, de interpretações.
O amigo a quem emprestei, quando devolveu, disse-me que achou as notas terríveis, completamente erradas, sem ponta por onde pegar. O livro era muito bom, a minha leitura é que não prestava.
Fiquei pasmado: primeiro, pelo desplante dele em ler assim as anotações. Depois, pela forma como o mesmo livro é lido de forma tão diferente por duas pessoas.
Mas é assim a vida: somos todos leitores uns dos outros e raramente acertamos nas anotações que fazemos.
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