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É um tópico habitual dos comentários à tecnologia e companhia que a tecnologia provoca o aumento do desemprego. Veja-se, por exemplo, este post do blog Horas Extraordinárias. Já agora, o post é muito bom e o assunto é interessante: será que passará a haver vítimas de encomenda desgovernada?
Bem, voltando ao assunto: a tecnologia pode colocar algumas pessoas no desemprego, mas, a médio e a longo prazo, o que se tem passado nos últimos dois séculos (desde que se deu a explosão tecnológica da Revolução Industrial) é o contrário: a tecnologia e a inovação tecnológica aumentaram o emprego. Reparem: desde o século XIX até hoje, não só o desemprego estrutural não aumentou (tirando as conhecidas crises), como uma parte muito significativa da população que antes trabalhava em casa foi integrada no mercado de trabalho: as mulheres.
Como? Se pensarmos bem, não é difícil compreender o fenómeno, mas não me vou pôr para aqui com explicações. Um livro que li e me tirou para sempre essa ilusão que a tecnologia costuma fazer diminuir o emprego foi o livro de Paul Krugman, The Accidental Theorist. Aconselho. Se não tiverem tempo para ler o livro, leiam este óptimo artigo, que explica a questão de forma bastante convincente.
(Por outro lado, a revista The Economist perguntava há pouco tempo se esta tendência para a tecnologia aumentar o emprego não estaria a diminuir. Leiam o artigo. Seja como for, não se fiquem pela ideia vaga de que a tecnologia aumenta sempre o desemprego. É errada.)
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