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As pessoas passam a vida preocupadas com a língua portuguesa, mas em vez de arrancarem cabelos, mas vale ler e falar e ouvir e escrever — e a língua, esse bicho safado, lá se há-de safar.
Nisso, estou como o Stephen Fry (vejam o vídeo, por favor).
Agora, ando a ler o livro Txtng — The gr8 db8, do divertidísismo David Crystal. Este autor explica bem como a linguagem SMS não é nenhum drama, usa mecanismos que já existiam na língua (neste caso, inglesa) e não está a ter impacto negativo no conhecimento linguístico dos jovens.
Antes de começarem aos gritos, experimentem ler o senhor Crystal. É que ele, se calhar, até tem razão.
"Ah, então quer dizer que agora podem escrever assim nos testes?"
Não, claro que não podem. E só o fazem por distracção. Desde sempre a língua teve vários registos e não saber usá-los nas situações apropriadas é que é falta de conhecimento linguístico. Tanto erra o aluno que escreve num teste "Ñ sei q resposta dar" como o jovem que escreve uma SMS a uma amiga: "Ex.ma Sr.ª, gostaria de se encontrar comigo depois de amanhã à porta do botequim? Poderá haver possibilidade de contacto físico, se V. Ex.ª assim o entender."
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