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A Caderneta de Cromos... Este é um dos já muitos livros de Nuno Markl (será que podemos dizer do Nuno Markl?). E esta foto está aqui só como desculpa para falar do autor...
A minha geração (seja lá o que isso for) ouve o Nuno Markl desde que nos conhecemos como gente crescida (aí por volta de 1998). Para nós, ele é "o Markl" e este apelido esquisito tornou-se uma palavra comum, de tal forma que já nem parece esquisito.
Ele é o geek simpático que, com uma auto-ironia desarmante, nos põe a rir, a todos, ex-gozados e ex-gozadores. É uma voz que não assusta, não se arroga deter a verdade do seu lado, gosta de música (como nós), gosta de filmes (como nós), tem sucesso (como nós gostávamos de ter) e não fica arrogante com o sucesso que tem (como nós gostávamos de conseguir não ficar).
Se é uma personagem, se ele é mesmo assim, não sei e não quero saber. Ele é o nosso Markl, a figura mais representativa da nossa geração, mesmo que seja um pouco mais velho do que nós. É, no fundo, o nosso irmão mais velho, que percebe de muita coisa, e partilha connosco os gostos e as manias, mas com aquele ar de quem sabe que tudo é meio a brincar e que a vida a sério é complicada, mas também pode ser divertida.
O facto de os nossos pais e os nossos avós não compreenderem completamente a nossa obsessão com este "cromo" só prova que é mesmo uma questão geracional, como há poucas.
Não sei bem o que dizer mais quanto a isto, mas sei que somos, um pouco, a Geração Markl, e posso dizer que há figuras piores para serem o nome duma geração.
Este post sai à hora do Homem Que Mordeu o Cão, em honra dessa histórica rubrica radiofónica.
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