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Fiz uma grande maluqueira: vi este post no Why Evolution is True e fui logo comprar o bilhete.
Está bem que é em Londres. Mas é em Setembro. Com estes meses de antecedência, a viagem é capaz de ficar mais barata do que ir ao Porto.
E não podia, mesmo, perder o McEwan com o Pinker, ainda por cima na Royal Geography Society.
Cum caraças!
Depois, é país onde vou ter uma sobrinha recém-nascida — e convém-me ouvir o McEwan por razões escolares.
Tudo conjugado, não fui eu que reservei esta viagem: esta viagem reservou-me a mim.
Esta capa tem o nome do autor em forma de logo desenvolvido pela Moraes, a editora de eleição deste grande escritor.
[Posts sobre José Cardoso Pires.]
http://www.doutrotempo.com/livros/e-agora-jose---20%E2%82%AC/29/
... porque se formos mais produtivos, temos mais tempo para ler. E se formos menos multitarefeiros, ficamos menos cansados e mais atentos ao que lemos.
[Encontrei isto no blog da Vespinha.]
Começo séries de posts e não acabo, há perguntas que se faziam e já não fazem, antes punha um símbolo engraçado nos títulos (¶) e agora já não ponho... Que blogger mais indisciplinado eu sou...
Uma das séries começadas é aquela em que conto a estranha relação entre Andorra e os Lusíadas. Podem ir buscar o episódio n.º 1 e o episódio n.º 2 lá nos idos de 13 de Fevereiro, já lá vai quase um mês. Prometia no segundo episódio o seguinte:
Não percam as cenas dos próximos capítulos: o que contava a minha avó sobre quando foi a Andorra há muitos anos, o que nos aconteceu em Barcelona enquanto estávamos pendurados no teleférico e, last but not the least, o que raios tem isto a ver com os Lusíadas.
Antes de continuar e chegar ao ponto em que explico qual a relação entre tal minúsculo país e a obra maior da nossa literatura, deixem-me contar-vos então o que me contava a minha avó sobre o co-principado pirenaico.
A minha avó, lá para o final dos anos 70, decidiu ir em excursão até Itália.
Não sei se estão a ver bem isto: um grupo de paroquianos portugueses vai a Itália numa carrinha, atravessando fronteiras ainda bem guardadas, com passaportes, sem reservas de hotéis, com as estradas que havia.
A coisa parece-me bem capaz de ter dado uns episódios rocambolescos.
Ora, na viagem para Itália decide o grupo passar por Andorra, porque é já ali — e porque não?
Afinal é só um desvio dumas boas oito horas por estradas nunca dantes navegadas por tais portugueses em direcção a Roma para ver o papa.
Foi a grande viagem da vida da minha avó (até, ainda há dois anos, ter ido com o meu tio a Milão, mas isso fica para depois). Assim, contava todos os episódios aos netos que a quisessem ouvir (contava e conta, embora ultimamente tenha outras coisas para ocupar a cabeça).
O episódio andorrano foi este (conto como ela me contou): param a carrinha, vão a um supermercado e, quando entram, ouve-se uma voz no altifalante: "atenção, atenção, que estão a entrar portugueses".
A minha avó contava isto com um ar entre o divertido e o indignado que nunca mudou desde os anos 70.
Ora, pergunto eu, o que podemos pensar disto?
Não sei. A minha interpretação maluca é que já lá trabalhavam muitos portugueses e decidiram avisar que ali vinham conterrâneos, que como sabemos é sempre de avisar.
Outra interpretação será a de muitas horas a atravessar os desertos espanhóis, com o sol a queimar a paciência e a sanidade, e de repente já ouvimos coisas em português, quando o pobre andorrano está apenas a dizer: "atenção, equipa de limpeza à secção dos congelados". Ou, melhor, em catalão (corrijam-me quem souber melhor: "atenció, equip de neteja a la secció de congelats".
E é isto. Falta ainda dizer-vos o que nos aconteceu em Barcelona (não foi bonito) e o que tem isto tudo a ver com os Lusíadas.
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