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Neste post falei do último golpe de Estado na Europa Ocidental, em Espanha, já lá vão uns bons anos.
Quanto à Europa Oriental, aí têm um dos ditos golpes, em directo.
The Signal and the Noise, de Nate Silver. O primeiro é do senhor que conseguiu prever os resultados eleitorais em todos os estados na reeleição de Barack Obama em 2012. Prever no sentido de saber se o estado caía para o lado de Obama ou para o lado de Romney. Foi um feito impressionante, que ele conseguiu através de metasondagens: uma análise cuidada das várias sondagens publicadas, todas elas com algum defeito, mas todas a mostrar um pedaço do puzzle que ele conseguiu montar. O título (The Signal and the Noise) está relacionado com a necessidade de saber distinguir entre os resultados estatísticos relevantes (signal) e os resultados irrelevantes (noise).
Social Physics, de Alex Pentland. A este cheguei através duma crítica na revista The Economist. Será um estudo sobre como os big data poderão ajudar as ciências sociais a tornarem-se um pouco mais baseadas na realidade e menos na intuição. Verei mais tarde se é isto mesmo.
Geek Sublime, de Vikram Chandra. Um raríssimo programador-romancista tenta perceber até que ponto programar é uma arte.
Quando conseguir agarrá-los e lê-los, digo-vos o que acho.
No meu post de ontem disse que, a certa altura, deixei de perceber como alguém pode considerar Os Maias um livro secante. E, no entanto, ele é secante para um adolescente que tem um calhamaço daqueles à frente, com uma casa oitocentista logo à partida, de fachada imponente.
É secante para muitos alunos que não vêem o interesse ou utilidade de tudo isto.
É secante para um primo meu, que escreveu no exemplar dele — que folheei descontraidamente um dia, em casa da mãe dele, “coitado de quem tiver de ler isto!”
O que fazer com esta sensação inabalável que este grande clássico é uma seca — sensação partilhada com tantos?
Podemos desistir, podemos armar-nos em missionários duma religião literária, podemos desprezar quem pensa assim — e estaremos a errar profundamente.
Por hoje fico por aqui, mas este tema é importante...
And now for something completely different...
Isto é daquelas verdades de café que são muito erradas e muito perigosas. Isto porque, se de facto o desemprego entre os licenciados é assustador e tem vindo a aumentar, a diferença entre a percentagem de desempregados entre os licenciados e a percentagem de desempregados entre os não licenciados é tão grande, que dizer este disparate pode ter consequências bem graves na cabeça dum jovem que anda a decidir o que fazer da vida...
Fonte: http://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+desemprego+total+e+por+nivel+de+escolaridade+completo+(percentagem)-1009
Reparem como a diferença entre a taxa de desemprego dos licenciados e a taxa de desemprego de todos os outros tem aumentado...
Claro que há cursos que servem para pouco, o desemprego dos licenciados está a aumentar, muitos estão a fazer coisas de que não gostam, outros têm de sair do país, e por aí fora. Mas nada disso justifica a frase assassina: "tirar um curso superior não serve para nada". Serve, assim à primeira, para diminuir o risco de desemprego. O que não é nada pouco!
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