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[Se não perceberam, vejam aqui.]

publicado às 21:38

Ora, ontem foi dia de passeio. O meu filho tem cá dois dos tios e acabámos por ir passear por Lisboa, o que é sempre agradável. A desculpa de mostrar a outros o sítio onde vivemos serve sempre para conhecermos a nossa própria cidade. 

 

E, depois, não se esqueçam: ontem foi dia de sol! E sol nos últimos meses é coisa para não desperdiçar.

 

O dia começou às três (tardíssimo, eu sei, mas era sábado e estivemos a descansar da semana...). Os meus sobrinhos (doutra tia) tinham uma festa em Monsanto e a irmã da minha mulher convidou-nos para ir lá, com o meu filho, o meu irmão e namorada (os tios visitantes — isto com tanto tio, qualquer dia, é melhor fazer-vos uma árvore geneológica...).

 

Portanto, atravessámos Lisboa, e lá chegámos ao Espaço Monsanto. Para chegar até lá, passámos pela Serafina, pelo Aqueduto, pelo Tribunal, e lá fomos nesse canto perdido e lindo de Lisboa.

 

 

 

Depois, convencemos a irmã da minha mulher a ir connosco, de novo, ao Mercado de Campo de Ourique...

 

 

Depois, fomos até à Ler Devagar, em Alcântara (LX Factory):

 

 

 

 

Depois, o meu irmão quis ir passear pela cidade. Fomos até Belém, ao Restelo, lá voltámos ao nosso lado oriental da cidade, onde arrumámos o carro na garagem e fomos pela noite quente fora até à pizzaria mesmo ali ao pé da Doca dos Olivais. 

 

Ainda demos ali um saltinho à Fnac, onde vários grupos de rapazes esperavam que as namoradas terminassem os jantares do Dia da Mulher. Folheei mais uns livros — depois da Ler Devagar, já era a segunda livraria do dia.

 

Quando voltámos, a pé, pela zona residencial fora, a minha mulher e eu reparámos num casal de americanos a falar alegremente, mas que parecia irremediavalmente perdidos, à procura de bares numa zona da cidade onde não há muitos bares... Voltámo-nos para trás, e perante a surpresa deles, orientamo-los para onde podiam passar uma noite mais alegre. "Podem começar ali, ao pé daquela torre!" Foram com um sorriso na cara.

 

 

E foi assim, o nosso dia de viajantes por Lisboa fora. Um dia apetitoso, o meu filho quase sempre a rir-se, e a nossa cidade ali atravessada de trás para a frente (e nunca acaba, porque há sempre mais a descobrir.

 

 

[www.joaoleitao.com]

 

Fontes:

https://www.google.pt/maps/@38.732464,-9.172272,3a,75y,69.26h,81.01t/data=!3m4!1e1!3m2!1s9RfLvBprnvIYnhTNh-8sbg!2e0 (Monsanto)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parque_de_Monsanto_5557.jpg (Monsanto)

- http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/campo-de-ourique-espera-por-si-no-mercado (Mercado de Campo de Ourique)

- http://myguide.iol.pt/profiles/blogs/comercio-para-la-e-para-ca-na-lx-factory (LX Factory)

http://www.lerdevagar.com/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=2&Itemid=2 (Ler Devagar)

http://www.joaoleitao.com/fotografias-lisboa/alfama/miradouro-portas-sol/ (Lisboa)

 

... para andar a gerir mais do que um blog, que isto dá mais trabalho do que parece à primeira vista.

 

Assim, desculpem lá os que só gostam de livros, vou integrar a tentativa-de-blog Entre Línguas neste blog, numa secção chamada "Línguas" (dâh!). Importei os posts e tudo!

 

Os posts importados são estes:

 

publicado às 15:49

Quando tenho um livro para ler, sinto uma coisa parecida com gulodice. Aliás, acho que é mesmo gulodice. Por exemplo, tenho ali na estante A Tale of Two Cities, que nunca li (imperdoável, eu sei!), e que me apetece ler agora, de forma absurda, apesar de ter comprado o livro no século passado. Quero ler, olho para as páginas, e vem-me água à boca ao pensar no que tenho à frente, nas personagens, nas histórias, nas palavras, no mundo inteiro que me vai aparecer de repente.


Sinto a mesma gulodice perante as cidades: as ruas, os recantos, as histórias, as pessoas, as linhas de metro, as luzes nas janelas, os sons — e tudo o resto. Gosto de ler como gosto de mergulhar em cidades, reais ou imaginárias. É tudo uma questão de gulodice.

 

Há livros e cidades que são propícios para esta gulodice — Londres e Dickens, para começar. Depois, há outros livros que apelam mais ao prazer de sentir as linhas que percorrem o mundo, em que este se divide, livros que são pérolas, diamantes, que arrasam o mundo e mostram o avesso, a estrutura, a simplicidade que está por trás e que é o objecto verdadeiro da inteligência (e não tanto da gulodice) — vem-me à cabeça Borges. Em todas as cidades também há disto, nas avenidas principais, nos rios, nos mapas do metro, no nome e nos monumentos, em tudo o que realça e faz perceber a cidade num golpe de inteligência: o esqueleto das cidades, o próprio nome «cidade» e não o nome próprio de cada uma delas: «Lisboa», «Londres», «Liubliana». Mas todas as cidades resvalam para a tal profusão saborosa, mesmo as que se criam como planos exactos (lembro-me de Brasília, da Baixa, do Parque das Nações — tudo sítios que mais tarde ou mais cedo são tudo menos o plano inicial). E os livros, mesmo os que parecem pérolas de inteligência depurada, também são sempre mais do que parecem. Um conto de Borges arrasa o mundo e de repente enreda-se em livros que não existem, bibliotecas infinitas, personagens reais, enciclopédias imaginárias e por aí fora. As Cidades Imaginárias de Calvino são uma espécie de culminar dos dois tipos de livros/cidades, com as cidades destiladas nas suas várias formas, até criar uma radiografia da profusão urbana, invocando-a de forma exemplar — e é por isso que acho o livro saboroso.

 

Entre a gulodice daquilo que adivinhamos e as linhas gerais que tentamos compreender, estão também as pessoas. Tentamos categorizar, compreender, identificar todas as pessoas que conhecemos — é natural e essencial. Tentamos perceber os traços gerais, saber qual é a descrição resumida em que todos os nossos amigos e conhecidos cabem, qual o seu título, o seu género: será que aquela pessoa é um romance, uma pequena vila, um livro de poesia, uma metrópole, um policial, um bairro, uma casa sempre igual ao pé da praia, umas águas-furtadas no centro da cidade? Ora, obviamente, todos somos tudo isso.

 

Isso, e muito mais: temos sempre recantos esconsos, coisas que nem imaginamos, histórias, ruelas, personagens secundárias que quase não aparecem mas explicam muito, bairros malditos, capítulos a mais, palavras que só lá estão pelo prazer de lá estarem, linhas de metro que não vão dar a lado nenhum, noites imensas e praças calmas que ninguém conhece, com jardins e um café calmo, ao fim da tarde.

 

publicado às 15:01

Já pensaram donde é o Zorro? Não se esqueçam que o nome completo da personagem é Don Diego de la Vega...

 

Será mexicano? 

 

Não, vivia na Califórnia. Afinal, há muito território dos Estados Unidos que já foi espanhol e, depois, mexicano, território esse onde ainda hoje vivem muitos hispânicos que não são imigrantes, mas sim membros duma comunidade que já vivia ali muito antes de passarem para os Estados Unidos.

 

Vejam aqui.

Se quiserem saber quem inventou a personagem, podem sempre ir à Wikipédia...

O DN pergunta: "Já há grandes romances sobre o 25 de Abril?"

 

A pergunta parece-me absurda. Basta começar por aqui.


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