Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Vou pela f**c fora a ver livros ingleses, uma espécie de prazer pouco culpado, se bem me entendem a estrutura a dar para o estrangeirado. Adiante. Pois, às vezes, lá encontro alguma coisa que não estava à espera (não vos digo já aquilo de que estou à espera quando procuro livros para não ficarem já com uma visão muito reduzida da minha pessoa, porque já sabemos como somos nós os humanos: com poucas pistas conseguimos criar toda uma imagem duma outra pessoa com uma facilidade assustadora).
Pois lá ia eu pela f**c fora, dizia eu, quando encontro um livro que me chamou a atenção, não sei bem porquê:
Se o título em si e a autora não eram de tom a deixar-me muito curioso, comecei a ler e fiquei logo agarrado. Não é por ser tarado, mas este início é estranhamente hipnótico:
Vinte vezes! E a senhora passa a descrever detalhadamente o pensamento da personagem principal durante as vinte investidas.
Se isto não chama a atenção, o que chamará?
O facto de estar muito, mas mesmo muito bem escrito também ajuda.
Estou no início. Não sei se vou chegar ao fim, que tenho outras coisas ali a chamarem-me a atenção, mais livros na pilha de livros, sempre mais livros, cada vez mais livros (isto é uma doença!), mas este início vale por muitos livros.
Acontece-me às vezes começar a ler um livro todo entusiasmado e a meio do livro reparo que não conseguiria dizer o nome do autor. É estranhíssimo. Ficaria chocado se alguém me dissesse tal coisa. Mas é um facto.
Vamos recomeçar, porque isto a cabeça não pára e parece que isto dos blogs é um vício. Um vício parecido com o dos livros — acho, aliás, que se alimentam um ao outro: leio, e quero escrever alguma coisa sobre o que leio, escrevo e quero ler mais sobre o que escrevo e por aí fora.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.